segunda-feira, 13 de junho de 2011

Bolachas envenenadas

Leia na integra  aqui.

Diante de maldades como essa, é que eu passo a dar razão quando Dona Sofia (minha vó), diz que estamos no final dos tempos. Crianças, isso mesmo, CRIANÇAS cometendo atrocidades. Eu realmente gostaria de saber em quais circunstâncias essas crianças foram criadas e como alguém tem capacidade para maquinar algo tão diabólico. A dúvida, infelizmente, não restringe apenas a esse caso, mas entre muitos outros desde a formação da humanidade. Outro assunto que vem a tona, é a tal da diminuição da maioridade penal, que é tão polêmico, uma vez que nosso país deve ser um dos campeões de crianças e adolescentes cometendo crimes hediondos. A impunidade no brasil não diz respeito somente a aqueles que estão no poder ou tem dinheiro suficiente para manter-se fora da prisão, mas também a jovens infratores que o governo não sabe mais onde estocar. Logo, acabam passando por um período de internamento que é carinhosamente denominado de "medidas socio-educativas" e no final, voltam as ruas, onde poderão começar tudo de novo (da maneira que bem entendem).
O mais interessante é que nossos jovens hoje, com muito menos do que 16 anos, sabem transar, falar besteiras, usar a internet (muitas vezes de forma inadequada), tramar crimes como o citado acima, mas ainda não aprenderam a estudar, ainda não sabem compreender textos simples, crescem nem sequer sabendo ler e escrever o próprio nome. Mesmo com toda essa defasagem no aprendizado, eles podem votar e decidir através disso, quem tratará dos interesses do "nosso país". Se bem que, para o nosso governo, quanto mais ignorantes as pessoas forem, melhor para eles não é mesmo? E se eles podem votar, por que cargas d'água não podem pagar pelos seus atos?
Devo admitir que sinto muita pena dessas famílias que perderam seus entes queridos de uma forma tão nada a ver, porque nada nesse mundo justifica matar outra pessoa. Ninguém tem o direito de impedir a vida de ninguém de caminhar, de viver e sonhar...
Seria muito justo tirar o direito dessas meninas de ir e vir, de poder ver o sol. Tirar qualquer direito que elas tenham de sorrir e de levar uma vida normal, já que elas tiraram isso de alguém.
É vergonhosa  ver uma situação dessas, triste é não saber por onde deve-se começar a cortar o mau, se é dentro de casa, se é nas escolas, se é mudar totalmente a grade curricular das crianças a fim de formar pessoas que sejam interessadas em desenvolver e produzir coisas relevantes para a sociedade, ou no mínimo, pessoas mais humanas ou então poder formas classes menores para que possa acompanhar cada caso de perto e dar o encaminhamento necessário as crianças que demonstram comportamentos atípicos.
Acho que mudar o começo é muito mais importante do que o meio, pois uma vez que começa-se errado, tende a continuar errado ou então piorar e consertar já temos uma prova de que não adianta, como o caso de internações e etc. Então por que não começamos da forma certa? 
Parece utopia esse negócio todo de mudar grade curricular, acompanhamento individual, mas acho que toda sugestão é válida, apesar que colocá-las em prática é tão difícil quanto achar pessoas comprometidas em reverter esse quadro. Mas quem sabe um dia, não é Brasil?

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