Candidata ao Miss Universo do Canadá é desclassificada por ter nascido homem

Há coisas incompreensíveis na humanidade. Se estamos conquistando o direito de sermos quem queremos ser perante a justiça e até a nós mesmos, por que coisas como essa ainda acontecem?

A bela Jenna Talackova foi desclassificada do concurso Miss Universo por ter nascido homem. A candidata de 23 anos foi convidada a deixar o concurso do Miss Universo Canadá depois que os jurados descobriram a origem dela.

Jenna começou o tratamento com hormônios, para mudar de sexo, com 14 anos. E foi submetida à cirurgia em 2010.

- Tudo o que eu posso dizer é que eles me desclassificaram porque eu não nasci “naturalmente” - disse a canadense, em entrevista ao Vancouver Sun.

Jenna disse em entrevista que a desclassificação não tinha sentido, porque ela sempre se sentiu mulher. Acrescentou ainda que era uma questão de “direitos humanos”.

Os organizadores do evento acreditam que foram enganados pela modelo, que não contou nada sobre ter nascido homem.

Segundo informações do jornal Mirror, a atual Miss Universo Canadá, Denis Davila, saiu em defesa do concurso.

- Ela se sente como uma verdadeira garota, e é uma verdadeira garota. Ela não esperava que as pessoas pudessem questionar isso. Mas as regras do concurso são muito claras e não existem possibilidades de voltar atrás nisso - explicou Denis.

Não quero me alongar sobre o concurso, embora eu pense que seja muito injusto com nós  mulheres que nascemos assim, nos contentarmos em ver transsexuais anos luzes mais bonitas do que nós. O quero mesmo é explanar a minha opinião à respeito dos comentários dessa matéria.

Primeiro não posso deixar de observar que tipo de pais permitem que uma criança de 14 anos faça tratamentos para mudar de genêro? Se sente mulher ? Parabéns. Mas não o é. Não pode participar do concurso. Eu ter um corpo mais atlético, voz de locutor de FM, a lábia de um Don Juan,e a conta bancária de um Eike Batista. Algumas coisas que queremos, podemos e devemos batalhar com afinco, outras não podem ser mudadas. Não somos Deus, nem devemos brincar de se-lo.

(Erros de português do autor do comentário a parte)

Para os mais conservadores trata-se de um absurdo, mas para quem preza pela liberdade do ser, não há nada de extraordinário, uma vez que ela sempre se sentiu uma mulher de verdade. Difícil mesmo, é submeter-se as outras pessoas que além de não pagarem suas contas, acham que podem sair falando quem você deveria ser.

O que é mais errado? Apontar o próximo ou condenar-se a viver uma vida que você tem plena consciência de que não é a sua?

Não consigo condená-la. Ser mulher pode ser contra sua natureza biológica, porém, ser contra a si mesmo também não deixa de ser a mesma coisa. E quem vai saber qual é a sua verdadeira natureza Se não ela?

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Alguém lembra: Tri-melhor que a Ariadna kkkkkkkkk