terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Vamos deixar para sofrer pelo que é realmente trágico, e não por aquilo que é apenas incômodo, senão fica impraticável atravessar os dias.
(Martha Medeiros)

 Ao ler esta frase no blog desabafos, comecei a pensar no quanto nos descabelamos pelas coisas que são apenas incômodas... e se fizermos uma lista, pode ter certeza, ela ficará quilométrica! Eu por exemplo: meu dia acaba logo quando começa, pois odeio levantar cedo, meu sono me incomoda tanto que meu dia já começa uma EME (das bem grandes e gordas!). Se escuto algo que não me agrada eu viro outra EME (das mais grandes e gordas que eu já vi na vida!) e fico me remoendo daquilo o dia todo. Se mais de uma pessoa fala comigo ao mesmo tempo, ah, isso sim me emputece pra xuxu! Detesto encontrar gente conhecida, principalmente de manhã, aliás eu devo ter a maior cara de miss simpatia de manhã, porque o que eu atraio de gente que gosta de falar logo nas primeiras horas do dia, não dá nem pra contar, parece que quanto mais sono, mais simpática e alegre eu fico, impressionante! Antes das 10h, eu não existo! Humor tão zero quanto a paciência! Mas acredito que minhas razões para arrastar o meu dia-a-dia e classificá-lo de 'a little bit of hell' não são nada perto de muitas das coisas que vejo. Eu sei que eu não tenho nada a reclamar, primeiro, porque tenho a vida que qualquer pessoa gostaria de ter, segundo, porque eu não moro no Rio de Janeiro e tampouco tive minha casa arrastada pela chuva, terceiro, minhas responsabilidades não são tão grandes (ainda!) ou seja, eu banco uma de troxa quando resolvo reclamar da minha vida. E ai?! Percebo que muito do que eu reclamo não mudaria em nada na minha vida, eu nem mesmo notaria se mudasse! Vergonhoso.
Aí eu chego a conclusão que coisas incômodas são nada, e que tenho que me policiar ao reclamar delas, porque se não toleramos as incomodações cotidianas, quem dirá encarar tragédias quando estas acontecerem? Fica pra pensar!


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