sábado, 18 de junho de 2011

Cartas de Amor de Grandes Homens

Quem assistiu o filme 'Sex and the City 1', sem dúvidas lembrará do livro que uniu Carrie Bradshaw e Mr. Big, o 'Cartas de Amor de Grandes Homens'.


O interessante é que a procura por esse livro foi tão grande após o lançamento do filme, que a autora Ursula Doyle, fez uma coletânea das cartas de amores de grandes homens, como Beethoven, Byron e Napoleão, Mozart, Henrique VIII, Eça de Queiroz e entre tantos outros. E sim, as cartas são verdadeiras!

Doyle diz na introdução do livro que nos dias atuais, o que percebe-se é que as pessoas deixaram de escrever as cartas de amor e que o correio eletrônico e mensagens são a morte do romantismo. E ao ler tantas cartas de amor e descobrir as histórias que deram origem à elas, pensou no quanto nós barbaros modernos, perdemos a fé, tanto no amor em si, como na arte de o expressar.

Até o ano retrasado, esse livro era encontrado somente na Europa, minha mãe o mandou para mim na versão portuguesa que é o da capa vermelha. A capa mais colorida é a versão brasileira, que pode ser encontrada em vários sites.





Abaixo um fragmento de uma carta de Napoleão para Josefina de Beauharnais (sua primeira esposa):
"(...) Não te peço amor eterno nem fidelidade, apenas a verdade e uma franqueza sem limites. No dia em que disseres: “Quero-te menos”, será o último dia do amor. Se o meu coração atingisse a baixeza de poder continuar a amar sem ser amado, trincá-lo-ia com os dentes (...)"  

E a carta citada no filme de Ludwig Van Beethoven:


"Ainda deitado a minha mente suspira por ti, minha Amada Imortal, de vez em quando alegremente, depois tristemente, esperando o Destino, se ele nos ouvir. Só posso viver ou contigo, ou de todo. Sim, decidi estar o mais longe possível, até poder voar para os teus braços e sentir-me em casa contigo, e enviar a minha alma envolta na tua para o reino dos espíritos- sim, lamento, tem de ser. Vais recuperar ao conheceres a minha lealdade; mais ninguém terá o meu coração, nunca- nunca! Meu Deus, porque é que alguém se há-de separar daquela que se ama tanto, sendo a minha vida em W. tão triste. O teu amor fez de mim o mais feliz e infeliz ao mesmo tempo. Na minha idade preciso de alguma estabilidade na vida- mas poderá isso existir para nós? Anjo, acabo de saber que há correio todos dias- devo concluir, para que esta carta te chegue de imediato. Tem calma - ama-me - hoje - ontem. Que saudades em lágrimas por ti - Tu - a minha Vida - meu Tudo - até breve. Oh, ama-me sempre - nunca duvides do coração fidelíssimo.
do teu amado
L.
Sempre teu.
Sempre meu.
Sempre nosso."


É com essas que constamos que o teor do amoroso que via-se antigamente, já não existe mais. O mundo atual anda ocupado demais para dar valor ao amor, aliás, as coisas são tão fáceis hoje em dia, que já não sofre-se tanto por saudade, não ama-se com tanta intensidade, sem contar a banalização do mesmo. Deve ser mal da nossa época...

Bom, para quem é apreciador da boa leitura, fica aí a dica.

Boa noite e bom fim de semana povo!

Um comentário:

Anônimo disse...

Achei muito interessante o teu blog e quando assisti ao filme recentemente, tive uma curiosidade em ler a tal carta citada e assim cheguei ao teu blog. Gosto de cartas de amor e recentemente li uma em um blog que tambem curto muito e achei linda...http://emocaorazao7.blogspot.com.br/2012/07/carta.html........continue postando coisas lidas para nós, bj Ivana

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...